sábado, 27 de julho de 2024

TÁXI TEERÃ

Título Original: Taxi
Diretor: Jafar Panahi
Ano: 2015
País de Origem: Irã
Duração: 81min
Nota: 8

Sinopse: Jafar Panahi foi proibido de fazer filmes pelo governo iraniano. Ele finge ser um motorista de táxi e faz um filme sobre os desafios sociais no Irã.

Comentário: Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Assisti dois dias depois de voltar de Teerã, lugar que eu amo, fiquei procurando lugares conhecidos ao fundo sem sucesso. Provavelmente foi filmado em partes afastadas da cidade, porque o trânsito está muito leve. Panahi é um gênio, mas apesar do filme ser muito bom, não dá para comprar a ideia de um documentário. O filme foi feito com atores amadores que não foram identificados para que não tivessem problemas com o governo, já que o diretor estava proibido de filmar. Há cenas que transmitem um realismo e outras que há uma encenação plástica descarada. Nunca estive em Teerã em 2015, quando foi filmado, mas de cinco anos atrás para cá eu nunca vi um táxi pegando pessoas diferentes pelo caminho, o que faz o filme parecer um produto para ser vendido ao mercado internacional com uma visão não tão realista. Mas é essa fábula imaterial que faz o filme funcionar também, como as senhoras que carregam os peixes. Um típico filme do diretor, confesso que preferi muito mais o 3 Faces ou o Sem Ursos dele, mas este não deixa de manter o nível. A sobrinha dele no filme fazendo o papel dela mesma é o ponto mais alto, o talento parece estar na genética da família Panahi. Faz dias que estou longe de Teerã e a saudades só aumenta, contando os dias para voltar.

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