segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O JORNAL - SEGUNDA TEMPORADA

Título Original: Novine
Diretor: Dalibor Matanic
Ano: 2018
País de Origem: Croácia
Duração: 550min
Nota:10

Sinopse: A corrida presidencial entre a candidata Jelena Krsnik, que luta pela reeleição, contra o ambicioso Ludvig Tomasevic coloca o país no meio de uma guerra política onde o jornal terá que escolher lados.

Comentário: Em muitos aspectos, uma temporada superior a primeira, mas talvez seja devido a similaridade com o cenário político brasileiro. Tomasevic é uma espécie de Bolsonaro croata, enquanto Krsnik é uma Dilma. Blago Antic continua sendo meu personagem favorito, e Tomasevic conquista cada vez mais um espaço no meu ódio mortal. O que chama a atenção é o que Matanic tem de melhor, desenvolvimento de personagens e o anacronismo de cada um na história da própria Croácia e seu problema com os fantasmas do passado. Mario Kardum perdeu bastante espaço na série nesta segunda temporada, mas acredito que voltará na terceira mais forte e buscando vingança, mas foi interessante ver seu relacionamento florescendo com Vanja. Novos personagens tiveram um crescimento ótimo, como Jolic. A trilha sonora continua sendo um ponto forte, assim como a direção contemplativa e fixa nos detalhes de Matanic. A série chegará ao seu fim na terceira temporada, assim como foi planejada pelo diretor e promete fechar como uma das melhores séries que vi nesta última década.


domingo, 19 de janeiro de 2020

SINÔNIMOS

Título Original: Synonymes
Diretor: Nadav Lapid
Ano: 2019
País de Origem: França
Duração: 123min
Nota: 7

Sinopse: Yoav, um jovem israelense, chega a Paris esperando que a França e os franceses o salvem da loucura de seu país. Determinado a extinguir suas origens e se tornar francês, ele abandona a língua hebraica e se esforça de todas as maneiras para encontrar uma nova identidade.

Comentário: O filme é baseado em experiências do próprio diretor, Nadav Lapid, no período em que viveu na França. O filme é esquisito, tem um ritmo que alterna bastante entre o maçante e o estilístico sessentista na nouvelle vague francesa. Começa de maneira eletrizante, levanta um excelente debate sobre o ser imigrante na Europa e encerra de maneira um pouco aberta demais sobre muitos aspectos.Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Não sei se daria o prêmio para ele, mas tem sua relevância. Vivi na Europa recentemente e posso dizer que muito do que é mostrado é bem coerente. O personagem, os lugares, as relações, tudo é denso e raso, como na vida. Vale a pena assistir só se estiver disposto a uma imersão em um estilo de filme bem longe do que nos é bombardeado pelas salas de cinema nos dias de hoje.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

TUNGSTÊNIO

Título Original: Tungstênio
Diretor: Heitor Dhalia
Ano: 2018
País de Origem: Brasil
Duração: 79min
Nota: 7

Sinopse: Um sargento do exército aposentado, um policial e sua esposa e um traficante aparentemente não possuem nada em comum, mas eles vão se unir em prol de um bem maior. Quando pessoas começam a utilizar explosivos para pescar na orla de Salvador, na Bahia, esse grupo fará de tudo para acabar com esse crime ambiental. Mas, na busca dos caminhos que lhes pareçam mais corretos, cada um deles vai passar por mais conflitos pessoais e morais.

Comentário: Baseada em uma história em quadrinhos com o mesmo nome do artista Marcello Quintanilha, o filme é bem fiel a obra, com uma excelente direção e atuação competente do elenco. Apesar de tudo isso, o filme não funciona como o quadrinho, pois a narrativa (que no quadrinho é muito mais dinâmica e entrelaçada) no filme acaba dando uma empacada. O narrador é o grande ponto baixo do filme, na obra original ele funciona, mas aqui ele só atrapalha, e atrapalha muito. As imagens são lindas, a edição e toda a parte técnica só mostra como o cinema nacional cresceu muito nos últimos anos. Gostei bastante do filme, e ele é curtinho, compensa muito.