domingo, 27 de junho de 2021

MINHA FELICIDADE

Título Original: Schastye Moe
Diretor: Sergey Loznitsa
Ano: 2010
País de Origem: Ucrânia
Duração: 123min
Nota: 8

Sinopse: Tensa radiografia da Rússia de hoje por meio de um inspirado road movie. A fita enfoca o destino de um caminhoneiro em contato com jovens prostitutas e policiais rodoviários que abusam do poder no interior daquele país.

Comentário: O que falar deste filme? Um esquisito indicado ao Palma de Ouro em Cannes. Longe de ser um filme fácil. A primeira uma hora de filme acompanhamos uma história para que sejamos jogados para outra na outra metade do filme, mas onde uma história se liga na outra. É preciso ter um olhar atento para que não nos percamos no caminho, tanto para o destino do personagem que estávamos acompanhando, para entender quem é o personagem que acompanharemos daqui em diante. Uma crítica ferrenha a condições sociais na Ucrânia, e porque não, no mundo em geral? Uma direção extremamente competente e um roteiro estranho com gente e situações esquisitas, mas que me agradou no conjunto da obra como um todo. Definitivamente não é um filme que indicaria para qualquer pessoa. O começo parece quase uma fábula moderna, enquanto o final é um mergulho total no caos.

terça-feira, 15 de junho de 2021

A PELE DE VÊNUS

Título Original: La Vénus à la Fourrure
Diretor: Roman Polanski
Ano: 2013
País de Origem: França
Duração: 96min
Nota: 10

Sinopse: Adaptação para o cinema da peça teatral homônima, que apresenta a história de Thomas, um jovem dramaturgo que se desespera para encontrar uma atriz principal para sua nova peça. Uma jovem atriz chamada Vanda atende o chamado no último momento e logo os dois se envolvem em uma relação de dominação e submissão.

Comentário: Deixando a polêmica acerca do Polanski de lado, não da pra negar que ele é hoje um dos poucos diretores da velha guarda ainda na ativa, e mais importante, ainda relevante. Para mim, tudo no filme funciona, e olha que não é fácil não deixar a peteca cair com apenas dois atores em cena em um único cenário, mas com um elenco desses. Mathieu Amalric tem experiência na direção, o que deve facilitar a vida de qualquer diretor, mas é um ator excepcional. Emmanuelle Seigner é a grande diva do filme, rouba o coração, brilha em cena, parece comandar tudo e todos com essa que é uma das melhores atuações do ano, com certeza. Toda a metalinguagem da história com o autor Leopold von Sacher-Masoch só acrescenta mais força a película. Polanski mostra aqui sua força nos dias atuais e prova, com o desfecho nada convencional, que não tem medo de polêmicas. Daqueles filmes que amei, mas não indicaria para qualquer pessoa.