sexta-feira, 18 de setembro de 2020

SE EU QUISER ASSOBIAR, EU ASSOBIO

Título Original: Eu Când Vreau să Fluier, Fluier
Diretor: Florin Serban
Ano: 2010
País de Origem: Romênia
Duração: 89min
Nota: 7

Sinopse: Silviu, um jovem de 18 anos, está a duas semanas da liberdade, e precisa evitar problemas com outros presos no reformatório onde cumpre pena. Ao saber que sua mãe reapareceu, e pretende levar seu irmão mais novo para morar com ela na Itália, Silviu se desespera e aguarda ansioso o momento de ir embora. Além disso, ele se apaixona por uma estagiária de serviços sociais que trabalha na prisão. Silviu precisa manter o bom comportamento, ou suas chances de salvar sua família e sua paixão serão totalmente destruídas.

Comentário: Ganhador do Grande Prêmio do Juri no Festival de Berlim. O filme cumpre o seu papel e é até acima da média, mas mesmo tendo um excelente momento de plot twist nos seus trinta minutos finais, acaba perdendo um pouco na irrealidade da situação. Os motivos e a maneira de solucionar seus problemas me pareceu um tanto quanto inocente e simplista demais. A direção e o resultado final do filme com um orçamento bem modesto mostra que não é preciso obras superfaturadas para se chegar a um bom filme. As atuações também estão ótimas e transmitem uma naturalidade espontânea. Acho que podiam ter explorado melhor algumas situações para dar mais credibilidade sobre as ações do personagem.  É difícil falar mais sobre o filme sem dar nenhum spoiler, é algo que o telespectador tem que decidir por si mesmo.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

TERRA DE MINAS

Título Original: Under Sandet
Diretor: Martin Zandvliet
Ano: 2015
País de Origem: Dinamarca
Duração: 101min
Nota: 9

Sinopse: Um grupo de jovens prisioneiros de guerra alemães, outrora combatentes nazistas, recebem uma nova tarefa ao fim da Segunda Guerra Mundial: precisam escavar e remover com as próprias mãos 2 milhões de minas terrestres em "terras inimigas", mesmo que alguns deles não tivessem sequer experiência na guerra, para compensar sua contribuição com o regime de Hitler.

Comentário: O filme começa com um erro grosseiro de continuidade, onde o general dinamarquês arranca a bandeira de seu país das mãos de um alemão, durante a ação a bandeira desaparece das suas mãos, para milagrosamente aparecer de novo e sumir mais uma vez e assim sucessivamente. Imaginei que ia assistir a um filme mal feito, mas estava completamente enganado, os erros do filme pararam por ali. O filme foi indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro. A fotografia é muito bonita, mas é o roteiro que é poderoso, uma história onde nada é preto no branco, cheia de áreas cinzentas sobre a moralidade da guerra. Há vários clichês ao longo do filme, mas o roteirista consegue usar eles ao seu favor. O personagem do general dinamarquês vivido pelo ator Roland Møller cresce muito durante o filme e nos coloca em situações de identificação mesmo quando não está sendo bonzinho. O ator Louis Hofmann, mais conhecido como o Jonas da série Dark, consegue mostrar que tem potencial como um bom ator, coisa que a série não conseguiu aproveitar. Um excelente filme para entendermos que nem todo alemão era um monstro nazista e que a maioria dos soldados estavam apenas em um fogo cruzado sem entender muito bem porque. Conseguiu me emocionar.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

SEBBE

Título Original: Sebbe
Diretor: Babak Najafi
Ano: 2010
País de Origem: Suécia
Duração: 79min
Nota: 6

Sinopse: A história do jovem de 15 anos Sebastian (Sebbe), que passa suas horas vagas catando lixo e componentes eletrônicos, e com esses detritos ele habilmente constrói novos objetos, inclusive um motor para a sua velha bicicleta. É um garoto tímido e constantemente intimidado pelos seus colegas de classe, quando não pelo seu vizinho que também o agride sexualmente, além da convivência com a sua mãe bipolar, que em certos momentos lhe dá carinho e em outros o insulta.

Comentário: Primeiro longa metragem do diretor iraniano que muito provavelmente vive em exílio na Europa. As atuações são bem interpretadas e toda a parte técnica é muito bem conduzida, mas para por aí. O filme parece forçar situações ao extremo para tentar chocar o espectador sem convencer muito nelas. Me custa a acreditar que o serviço social da Suécia é tão omisso ou que algumas situações de abuso ficariam por isso mesmo. É legal o levantamento da questão bullying no filme, eu mesmo vivi ou assisti situações bem similares na escola, mas o comportamento do personagem de até tentar uma aproximação do agressor foi bem patética. Um filme feito de momentos, mas que não me agradou de forma geral.