quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

INSANAMENTE FELIZ

Título Original: Sykt Lykkelig
Diretor: Anne Sewitsky
Ano: 2010
País de Origem: Noruega
Duração: 84min
Nota: 8

Sinopse: Kaja é uma dona de casa otimista e descontraída apesar de sua solidão e do fato de que seu marido não tem relações sexuais com ela. Quando Elisabeth e Sigve mudam-se para a residência ao lado, Kaja está impressionada com a sofisticação do casal. Eles são bonitos, eles têm um filho adotivo e nos seus momentos livres cantam em um coro. Um momento indiscreto entre Kaja e Sigve dá ignição a um completo caso extraconjugal. Mas da mesma forma que ela alcança sua libertação sexual, os segredos e verdades inevitavelmente vêm à tona, talvez para o bem de todos.

Comentário: Filme vencedor do Festival de Sundance, despretensioso e cativante. Fazia tempo que um filme não me tirava boas risadas, há situações que beiram ao clichê, mas ao mesmo tempo tudo se torna original pela maneira convincente e natural que a direção e as atuações são conduzidas. Todo mundo está muito bem no filme, acho que a relação das crianças devia ter sido abordada pelos adultos em algum momento do filme. Pro final do filme algumas situações forçadas podem não convencer, mas no geral é um filme que merece muito ser assistido e posso indicar pra todo mundo. A diretora dirigiu um episódio da quinta temporada de Black Mirror.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

UNDINE

Título Original: Undine
Diretor: Christian Petzold
Ano: 2020
País de Origem: Alemanha
Duração: 89min
Nota: 10

Sinopse: Undine (Paula Beer) trabalha como historiadora e dá palestras sobre o desenvolvimento urbano de Berlim. Mas quando o homem que ela ama a deixa, o mito antigo a alcança. Undine tem que matar o homem que a trai e voltar para a água.

Comentário: Primeiramente quero dizer que a sinopse não faz jus ao filme, que faturou de maneira merecida o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim. Eu achei o filme perfeito, toda a linha que conecta a mensagem final com os elementos apresentados durante toda a película é de uma maestria ímpar. E esta mesma mensagem tinha sido um assunto que estava rolando na minha cabeça vários dias antes de assistir ao filme. O filme é sobre seguir adiante, assim como Berlim e sua reconstrução, assim como na música stayin' alive, ou simplesmente, assim como no término de um relacionamento (que não deixa de ser o fim de um mundo). Pode ser um assunto batido, mas a maneira como o diretor arquitetou tudo isso me tocou profundamente. Me encantei, chorei, e por fim, passei dias depois ainda pensando no filme. Filme bom é assim, e entendo que talvez nem todo mundo tenha sido tocado da mesma maneira, mas acho difícil que eu vá assistir um filme melhor que este neste ano, e olha que o ano está só começando. Este deve ser o primeiro filme de uma trilogia que aborda mitos germânicos, que venha os próximos.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

EU INTERIOR

Título Original: Inner Self
Diretor: Mohammad Hormozi
Ano: 2019
País de Origem: Irã
Duração: 15min
Nota: 8

Sinopse: Uma jovem violinista tem uma apresentação a fazer, contudo é impedida de entrar no local pois não está com uma roupa formal culturalmente usada por mulheres islâmicas. Na recepção, à espera para conseguir uma vestimenta emprestada, testemunha outras mulheres na mesma situação e diversos momentos de tensão.

Comentário: Não sei porque o título original não consta em farsi, mas segui o padrão do IMDB. O filme tenta passar em seu curto espaço de tempo como é viver como uma mulher no Irã, o clima de tensão é apenas uma metáfora para o clima de explosão eminente que ronda o país. É interessante como detalhes minúsculos (como o cuidado da mulher com a planta) é cheio de significados. Há uma história escondida que não podemos ver em cada personagem que nos é apresentada. Um diretor novo que nos brinda com uma excelente competência, tentar ficar de olho nos próximos trabalho dele.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

BALADA DO AMOR E DO ÓDIO

Título Original: Balada Triste de Trompeta
Diretor: Álex de la Iglesia
Ano: 2010
País de Origem:Espanha
Duração: 105min
Nota: 5

Sinopse: O filme do cineasta espanhol Álex de la Iglesia, inicia durante a Guerra Civil espanhola (1936-39) e vai até meados dos anos 1970, numa sangrenta alegoria de um dos períodos mais sombrios da história da Espanha. A trama narra o conflito entre os palhaços Sergio (Antonio de la Torre) e Javier (Carlos Areces), que apaixonados pela sexy trapezista Natalia (Carolina Bang) desencadeiam um insano e violento duelo por seu amor.

Comentário: O filme começa muito bem, mas é só. Um filme recheado de clichês com um diretor que tenta ficar chocando o telespectador com cenas toscas adolescentes completamente desnecessárias. Tudo no filme é forçado, menos a beleza da Carolina Bang, que apesar da personagem idiota que interpreta, é ela que mantém a gente vidrado no filme até o fim. O diretor se garante na parte técnica, extremamente competente. O figurino também ajuda. Um roteiro que tenta fazer uma alegoria com a sociedade espanhola desde a Guerra Civil, mas que no fundo não passa do típico romance obsessivo dos idos tempos do Supercine na Globo. Se tivessem ficado no começo, com um bando de circenses chutando rabos de fascistas, o filme teria sido muito superior. Eu sempre tenho um pé atrás com a premiação do Festival de Veneza por conta dessas coisas.