Título Original: Moto Shel Hakolnoa Ve Shel Aba Sheli Gam
Diretor: Dani Rosenberg
Ano: 2020
País de Origem: Israel
Duração: 105min
Nota: 8
Sinopse: Um pai e um filho tentam congelar o tempo através do cinema, mas a doença do pai ameaça interromper o processo.
Comentário: Um dos indicados a Palma de Ouro no Festival de Cannes que não ocorreu devido a pandemia. O filme é muito bom, adoro esses diálogos metalinguísticos no cinema, a edição do filme funciona muito bem entre o que é o filme dentro do filme com o que é real. Diria até que talvez merecesse até uma nota melhor, mas eu não consigo ignorar o fato de ser um filme que mostra um povo vivendo de boa sob o governo sionista, não dá para não pensar que ali do lado os palestinos mal tem energia elétrica e água potável enquanto os israelenses vivem suas vidas burguesas. Tentando ignorar este fato e me focando no filme, a atuação de Marek Rozenbaum como Yoel é estupenda e merecia ser premiada, dá um show. O filme cria um diálogo muito interessante sobre o tempo, o envelhecimento e a família. Merecia mais destaque, o diretor é competente, vi um tom de crítica ao clima alarmista e histérico que deve ser viver em Israel quando ele trata de uma suposta guerra com o Irã, mas é tudo muito sutil. Um belo filme, mas que seria muito melhor com as críticas ao sionismo do diretor Nadav Lapid, por exemplo, porque espaço tinha de sobra para isso. Apesar de tudo, gostei bastante, e me emocionou.
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