domingo, 8 de janeiro de 2023

ENTARDECER

Título Original: Napszállta
Diretor: László Nemes
Ano: 2018
País de Origem: Hungria
Duração: 136min
Nota:  8

Sinopse: Em 1913, durante o declínio do Império Austro-Húngaro, uma jovem mulher (Juli Jakab) retorna à Budapeste, cidade em que nasceu, depois de anos vivendo em um orfanato. Ela começa a trabalhar na loja de chapéus comandada por parentes distantes sem que eles saibam dos laços que compartilham com a jovem.

Comentário: Filme vencedor do prêmio da Federação Internacional dos Críticos no Festival de Veneza. Achei o filme muito bom dentro do contexto onde tenta colocar o telespectador, porém tenho que concordar que não é um filme fácil, mas exatamente por se tratar de um tema tão caótico que é o mundo pré Primeira Guerra Mundial. Tudo no filme é caótico, e a personagem é dragada dentro desse abismo que vai consumindo-a. Direção, produção e fotografia são soberbas. Engraçado que logo depois de ver o filme apareceu uma matéria dizendo como neste ano de 2013 Trotsky, Stálin, Freud e Hitler moraram na mesma cidade em Vienna. Eu adorei a trama e de como nada fica claro, porém tudo é conduzido para a experiência ser, no mínimo, intrigante para quem assiste. Concordo que poderia ser um pouco mais curto, mas a condução final é excelente. O desfecho (não darei spoiler) acaba remetendo a própria questão da identidade dos povos (tese tão debatida por Stálin) e foco central da guerra que dividiu o Império Austro-húngaro em divisões étnicas. Interessante de se pensar que ela vem de Vienna, mas de identidade húngara. Filme que não indico para qualquer um, mas que irei revisitar um dia com certeza.

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