Título Original: Widow of Silence
Diretor: Praveen Morchhale
Ano: 2018
País de Origem: Índia
Duração: 85min
Nota: 7
Sinopse: Na Caxemira em conflito, uma viúva muçulmana, responsável por sua filha de 11 anos e uma sogra doente, encontra-se em apuros. Incapaz de obter o atestado de óbito de seu marido desaparecido do governo, ela deve encontrar forças para superar essa situação absurda.
Comentário: O filme é lento e arrastado em alguns momentos, mas ao mesmo tempo contemplativo e cheio de detalhes que a competente direção de Morchhale segura muito bem. O filme mostra a dualidade entre a podridão do ser humano, onde um funcionário do governo se torna um monstro escancarando o quanto a humanidade é um projeto que deu errado, mas ao mesmo tempo temos a figura da enfermeira que abdica de seus ganhos pessoais para tentar dar algum conforto em um momento de desespero a colega, mostrando que talvez eu esteja errado sobre a humanidade. As imagens da Caxemira são como pinturas que me lembraram um pouco o estilo do diretor turco de Nuri Bilge Ceylan. O personagem do motorista, interpretado por Bilal Ahmad, é de longe a melhor coisa do filme. No final tudo fica um pouco kafkaniano e o desfecho é exatamente o que eu esperava, mas que se fosse de outro modo estragava o filme. Só indico para quem realmente está acostumado com este tipo de filme.
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