sábado, 10 de agosto de 2019

UM HOMEM QUE GRITA

Título Original: Un Homme Qui Crie
Diretor: Mahamet-Saleh Haroun
Ano: 2010
País de Origem: Chade
Duração: 91min
Nota:  5

Sinopse: Adam (Youssouf Djaoro) tem 60 anos de idade, é ex-campeão de natação, e há 30 anos trabalha com guardião de piscina de um hotel de luxo situado no Chade, na África. Contudo, investidores compram o estabelecimento e ele se vê obrigado a ceder sua vaga para seu filho Abdel (Diouc Koma), situação que o incomoda bastante por ver nela um declínio social. Além de estar diante deste conflito pessoal, seu país passa por uma guerra civil, com rebeldes ameaçando o governo. Neste contexto, Adam precisa ajudar o governo com dinheiro ou enviando seu filho para que lute pelo país. Assim, o líder do bairro pede que Adam dê sua contribuição, mas ele não tem dinheiro, só tem o filho.

Comentário: O vencedor do Prêmio do Juri em Cannes não me fisgou tanto. O filme é interessante em muitos aspectos, como mostrar a recente situação do Chade, adorei muito o personagem David, o cozinheiro, e algumas cenas lindíssimas, mas como disse, faltou algo. Todos os personagens são muito interessantes, mas nenhum coadjuvante é realmente muito trabalhado, a namorada grávida, a mãe, ou até mesmo o cozinheiro que disse acima. O filme é cheio de silêncios reflexivos, acho que faltou o grito do título. O personagem principal, que é muito bem retratado, ao meu ver não passa de um velho mesquinho e infantil, pois seus motivos para enviar o filho para a guerra não me pareceu em nenhum momento falta de dinheiro como diz a sinopse. Acho que o filme se perde entre as entrelinhas silenciosas, entre a falta de um grito que fizesse com que a história tivesse um clímax que nunca chega. Um filme regular.

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