Título Original: Girl
Diretor: Lukas Dhont
Ano: 2018
País de Origem: Bélgica
Duração: 106min
Nota: 9
Sinopse: Aos 15 anos, a bailarina Lara enfrenta barreiras físicas e emocionais enquanto se prepara para a cirurgia de confirmação de gênero. Inspirado em uma história real.
Comentário: Vencedor do prêmio Câmera de Ouro e de melhor ator no prêmio Um Certo Olhar em Cannes e indicado para melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, este filme dividiu opiniões dentro da comunidade LGBT. Eu vou entrar de cabeça na defesa do filme. O filme é tenso, consegue ser tenso até nas cenas de dança, o trabalho empático de nos colocar na pele de uma garota trans de 15 anos é feito de maneira sublime. Uma parte da comunidade LGBT criticou o filme por ter sido dirigido e atuado por cisgêneros, fato que fez com que Nora Monsecour (a mulher em que o filme é baseado) vir em defesa do filme: “Quem está criticando Girl está impedindo que outras histórias trans sejam compartilhadas com o mundo. Todos os dias em que vejo pessoas trans lutando por seus sonhos. Eles não são fracos e frágeis e Girl conta uma história sem mentiras. Dizer que a experiência de Lara [a personagem do longa], não é valida por termos um ator cis ou por ter sido dirigida por Lukas [Dhont, o diretor], acaba me ofendendo”. Acho esse tipo de atitude muito parecida com os evangélicos, que vivem fechados em suas igrejas convivendo com evangélicos e fazendo coisas de evangélicos, tenho um livro publicado onde o assunto LGBT é muito forte, eu não devia ter escrito este livro por ser cis? O ator faz um trabalho magnífico e sua escolha faz todo o sentido, já que o ator Victor Polster é um bailarino. A gente fica pensando em tantas pessoas trans por aí, sofrendo horrores, se para Lara que tem um pai de ouro e vive um inferno, imagina para tantos outros que sofrem o pesadelo de viverem em um corpo que não se identificam e ainda são abandonados pela família. Levantar a bandeira LGBT não é uma luta só de quem é, levantar essa bandeira é um dever empático de ser humano. PS: Traduzi o título porque tenho horror a título em "ingrêis".
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