Título Original: Saraband
Diretor: Ingmar Bergman
Ano: 2003
País de Origem: Suécia
Duração: 112min
Nota: 8
Sinopse: Trinta anos após o divorcio, Marianne decide visitar Johan no seu isolado
retiro no interior e testemunha o relacionamento atormentado entre seu
amargo ex-marido, seu filho, Henrik e uma neta de 19 anos.
Comentário: Último filme do mestre sueco onde ele revisita os personagens da sua clássica série Cenas de um Casamento. O filme é muito bom, mas infelizmente não funciona muito bem como uma continuação, que é a expectativa que se cria no telespectador, ao invés disso os personagens de Marianne e Johan e a relação entre eles são deixados em segundo plano, e isso para mim foi um dos pontos negativos do filme. O foco é a relação entre Johan e seu filho do primeiro casamento e a relação da neta entre eles. Tudo é arquitetado muito bem, toda a tensão sentimental que o filme carrega faz dele um típico Bergman, o contraste da velhice e da juventude que já foi tema de Morangos Silvestres ganha um ar muito mais carregado aqui. A relação do pai para com a filha é doentia e beira a insanidade, todo o elenco está maravilhoso. E foram mais de 50 filmes ao longo de anos resenhando nos dois blogs, ainda resta o Sonata Fantasma que já assisti, mas é uma peça de teatro filmada para a TV. Bergman foi um dos maiores, se não o maior, cineasta da história. Ver e rever seus filmes são sempre o que faz o cinema ter uma razão de existir para mim. Tudo profundo, como este último filme, há muito mais do que aparenta a superfície.
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