Título Original: Nadia, Butterfly
Diretor: Pascal Plante
Ano: 2020
País de Origem: Canadá
Duração: 107min
Nota: 9
Sinopse: Ainda jovem e em seu auge, Nadia decide se aposentar da natação
profissional após os Jogos Olímpicos. Ela quer escapar de uma vida
rígida e de sacrifícios. Depois de sua última prova, Nadia mergulha em
noites de excesso pontuadas por episódios de insegurança. Mas mesmo esse
entorpecimento transicional não pode esconder sua verdadeira busca
interior: definir sua identidade fora do mundo dos esportes de elite.
Comentário: Era um dos filmes selecionados em Cannes no ano que o Festival não aconteceu devido a pandemia. Achei o filme maravilhoso, a personagem é mais profunda do que as piscinas em que costuma nadar, onde as reflexões vão muito além do esporte. Katerine Savard convence muito como Nadia, apesar de não ser atriz e ter vários paralelos com a personagem, não se enganem, pois ela não está interpretando ela mesma (Savard também ganhou uma medalha de bronze no revezamento assim como no filme, mas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, mas ao contrário da personagem, ela não está aposentada, participou das Olimpíadas em Tóquio ficando em 4º lugar em uma das três provas que participou e nesta semana que escrevo este texto ela iniciou a preparação olímpica para Paris em 2024). O mais legal do filme é que as Olimpíadas de Tóquio ficou quase uma versão de realidade paralela, já que o filme foi feito sem saber que iria ocorrer uma pandemia, o que deu um toque maravilhoso para o filme. Achei a direção muito competente, o filme flui, e vou falar de novo que Savard brilha. Me emocionei bastante. Fico pensando quem foi o idiota que tinha o título "Nadia, Borboleta" na mesa que dá um enorme significado para o filme, já que os dilemas da personagem a coloca em uma espécie de casulo de maturação para tentar se desenvolver em algo mais além do esporte, daí o imbecil pensa que "Vida de Campeã" é um título melhor.
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