Título Original: Casa de Antiguidades
Diretor: João Paulo Miranda Maria
Ano: 2020
País de Origem: Brasil
Duração: 93min
Nota: 4
Sinopse: Cristovam sai do interior do Brasil em busca de melhores condições de trabalho no sul. Mas o contraste cultural e étnico da nova morada em relação à sua terra natal provoca no vaqueiro um processo de solidão e perda de identidade. O ambiente tradicionalista, conservador e violento o distancia da própria realidade. Sem saída, em um processo espiritual, ele renasce para enfrentar o presente.
Comentário: Mais um dos filmes selecionados para o Festival de Cannes que não ocorreu devido a pandemia. Achei o filme todo errado, há os pontos interessantes, parece que vai para um lado, daí para outro e no fim fica completamente perdido. Antonio Pitanga está excelente, há cenas maravilhosas e Ana Flávia Cavalcanti está deslumbrante e é isso. A personagem Jennifer parece que vai dar o gás que o filme precisava, mas acaba não servindo para absolutamente nada, parece ter sido colocada ali por puro enfeite. O filme cai naquilo que odiei do filme Coringa, por exemplo, será que qualquer coisa se justifica pela degradação social? Fazer mal a uma criança, sem entrar em detalhes de que era um filha da puta, mas era uma criança... se justifica? Daí o filme também tenta justificar o racismo dos sulistas? (já que a figura que eles descarregam seu ódio se prega a fazer tudo aquilo que eles temem). Tem horas que o filme realmente parece que vai engrenar, mas não engrena. Achei bem decepcionante. Há cenas descartáveis, outras muito subaproveitadas na narrativa e ainda outras deslumbrantes. Um filme com um enorme potencial desperdiçado na minha opinião.
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