sábado, 4 de julho de 2020

O CAVALO DE TURIM

Título Original: A Torinói Ló
Diretores: Béla Tarr & Ágnes Hranitzky
Ano: 2011
País de Origem: Hungria
Duração: 155min
Nota: 9

Sinopse: Uma voz conta, sem imagens, que em Turim, no dia 3 de janeiro de 1889, Friedrich Nietzsche saiu pela porta do número 6 da Via Carlo Alberto para caminhar ou para buscar suas correspondências nos Correios. “Não muito longe, aliás, bastante longe dele, um cocheiro estava tendo problemas com o seu teimoso cavalo”, conta o narrador. Apesar de todos os esforços do cocheiro, o animal se recusava a mover-se. O dono do cavalo perdeu a paciência e começou a chicoteá-lo. Nietzsche teria surgido no meio da “multidão” e interrompe a sessão de tortura ao colocar os braços ao redor do pescoço do cavalo, para a ira do cocheiro. Levado por um vizinho para casa, ele teria ficado dois dias silencioso no sofá, até que teria dito: “Mãe, eu sou um tolo”. Segundo o narrador, Nietzsche teria vivido mais 10 anos, calmo e louco, aos cuidados da mãe e das irmãs. Mas sobre o cavalo, não se soube mais nada. A partir daí, mergulhamos na história de um cavalo castigado, seu dono e filha. Uma história silenciosa e louca, que reflete o “fim do mundo” ou, pelo menos, da “Humanidade”.

Comentário: Filme vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. O que dizer desse filme? Eu não indicaria para ninguém, pois ele não é um filme fácil que agradaria qualquer pessoa. O filme é tecnicamente perfeito, a fotografia, atuações, direção de arte, iluminação... enfim, tudo é perfeito. O filme é longo e aparenta não acontecer nada, como o próprio diretor já disse: "É uma anti-história". Mas é impressionante como ele nos diz tanto, em cada detalhe há a futilidade de nossa existência. O diálogo da obra com Nietzsche é enorme. Não há muito o que dizer, mas ao mesmo tempo há tanto. Uma resenha difícil de fazer já que acredito que os significados e percepções da película são exclusivas de cada um que a assista. Para mim há uma certa referência a diretores como Ingmar Bergman (Principalmente ao filme O Sétimo Selo) e Victor Sjöström. Para mim valeu demais a experiência, não sei para você.

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