sábado, 9 de maio de 2020

ATLANTIQUE

Título Original: Atlantique
Diretora: Mati Diop
Ano: 2019
País de Origem: Senegal
Duração: 106min
Nota: 7

Sinopse: Em Dakar, um grupo de trabalhadores no canteiro de obras de uma torre modernista e contrastante, sem pagamento durante meses. Um barco de imigrantes tentando chegar à costa da Espanha. O amor de Souleiman e Ada, prometida a outro, que começa a viver fantasmagóricos eventos.

Comentário: Eu esperava mais deste que é o vencedor do Grande Prêmio do Juri no Festival de Cannes de 2019, mas não deixa de ser interessante e ter seus momentos. A diretora, que na verdade é francesa, nascida em Paris, é filha do músico senegalês Wasis Diop, famoso por misturar música folclórica senegalesa com pop e jazz e fundados da banda West African Cosmos (Não, você não deve achar no Spotify), por isso deve ter dado uma atenção especial para a trilha sonora que é ótima. A diretora é a primeira mulher negra a ser indicada ao Palma de Ouro, o filme tem forte influência do folclore senegalês e na minha visão tem várias similaridades com o filme Bacurau. Assisti sem ler a sinopse e portanto não esperava que ele fosse dar a virada que deu, mas tirando algumas coisas que não funcionaram tão bem, o filme é ótimo em servir como denúncia de várias coisas, como os problemas sociais no Senegal, religiosos, direitos das mulheres e tantas outras coisas. É no ponto de filme-denúncia que o filme funciona melhor, o resto é bom, mas cai em alguns clichês em alguns momentos. Personagens são bem trabalhados, diretora é bastante competente e o filme funciona dentro do que é proposto. Não entendi porque não traduziram o título para Atlântico para o português. Interessante para quem não assiste filmes africanos, vale a conferida sem esperar demais do filme, o Netflix comprou a distribuição depois da premiação de Cannes e é possível achá-lo no catálogo da empresa.

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