segunda-feira, 25 de setembro de 2023

LIBERDADE

Título Original: Libertarias
Diretor: Vicente Aranda
Ano: 1996
País de Origem: Espanha
Duração: 127min
Nota: 4

Sinopse: Catalunha, 19 de julho de 1936. Com a deflagração da Guerra Civil Espanhola, a freira Maria é forçada a fugir de seu convento. Ela encontra refúgio num bordel, até este ser liberado por um grupo de mulheres anarquistas. Maria entra para o grupo e acaba por tomar parte em suas ações. Estas mulheres enfrentam o problema de ter de lutar, não só contra os nacionalistas, bem como de resistir às facções de esquerda que tentam impor uma estrutura militar mais tradicional.
 
Comentário: Um filme que engana muita gente, mas que achei bem ruinzinho. É um filme que teria que ter sido feito por alguém realmente revolucionário e principalmente dirigido por uma mulher, Vicente Aranda simplesmente não tinha ideia do que estava fazendo. É extremamente visível as raízes conservadoras da igreja permeando todo o filme, em nenhum momento há alguma análise ferrenha da mesma no campo ideológico do que foi a Guerra Civil Espanhola, sem contar o fato do diretor ter em seu currículo inúmeros filmes de objetificação feminina. Há até xenofobia na retratação dos árabes, tentando colocar para baixo do tapete o comportamento dos fascistas espanhóis de Franco. Tentar escancarar o apoio que o ditador teve na guerra de outros países europeus também passou bem longe. No final a mensagem que fica é tão estranha que não dá para ter certeza do que o diretor queria com o filme. Podiam mudar o título para "Um diretor em cima do muro". O filme podia ser muito melhor do que é, e eu simplesmente não entendo como muitos pró-revolucionários caem no papo furado dele. A linha narrativa pode até funcionar, você se envolve com alguns personagens, mas no geral o filme é um grande desserviço.

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