Título Original: Ghasideyeh Gave Sefid
Diretores: Behtash Sanaeeha & Maryam Moghaddam
Ano: 2020
País de Origem: Irã
Duração: 105min
Nota: 7
Sinopse: A vida de Mina é virada do avesso quando descobre que o marido Babak estava inocente do crime pelo qual foi executado. As autoridades pedem desculpa pelo erro e oferecem a hipótese de compensação financeira. Mina inicia uma batalha silenciosa contra um sistema cínico por ela e pela sua filha. Um olhar magistral sobre a vida de uma mulher iraniana.
Comentário: Indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim. O filme é bem interessante e bem conduzido, mas o grande trunfo é a atuação de Maryam Moghadam, personagem principal da história, e sua filha interpretada por Avin Poor Raoufi (não sei se ela é surda na vida real) que rouba as cenas com suas linguagens de sinais por todo o filme. As críticas ao sistema cheio de falhas no Irã, ao machismo inerente (onde uma viúva tem dificuldades até de alugar um imóvel por não ter um marido) e a culpa dos erros deste sistema que consome o personagem de Reza colidem na cara do telespectador sem filtros. Toda a simbologia em torno da Vaca (que tem relação a uma passagem do alcorão que religiosos utilizam para justificar a pena de morte) permeiam o filme. O que mais me desagradou foi o desfecho, é forte, porém esperava mais.
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