domingo, 28 de agosto de 2022

A PASTORA E AS SETE CANÇÕES

Título Original: Laila Aur Satt Geet
Diretor: Pushpendra Singh
Ano: 2020
País de Origem: Índia
Duração: 98min
Nota:  8

Sinopse: Com o conflito na Caxemira como pano de fundo, o longa conta a história da pastora nômade Laila. Embora ela se torne a esposa de Tanvir, a jovem atrai a atenção de toda a tribo, especialmente do policial Mushtaq, que está determinado a conquistá-la. Em meio à deslumbrante paisagem do Himalaia, onde a polícia e os militares monitoram rigorosamente cada movimento em todas as fronteiras, os dois trocam réplicas amorosas que fogem do controle. Inspirado na poesia de Lalleshwari, místico da Caxemira do século XIV.

Comentário: Selecionado no Festival de Berlim em uma das premiações paralelas, este filme me surpreendeu muito positivamente, principalmente pelos seus alívios cômicos. Esses filmes indianos tendem, muitas vezes, a cair no dramalhão. As imagens são lindas e a direção nos pega de surpresa por se tratar de um estreante. O final me tirou o fôlego e me espantou bastante pela ousadia, sem medo de seguir caminhos diferentes (experimentais talvez?). Achei que o filme é de uma sensibilidade com a figura feminina que muitas vezes é ignorada por culturas predominantemente machista. A divisão do filme entre as "sete canções" ajuda muito no ritmo em que a história é contada e vamos aos poucos pegando uma simpatia pelo personagem Mushtaq, muito bem interpretado por Shahnawaz Bhat. Cheguei até a pensar que os atores eram de vilarejos da Caxemira utilizados pelo diretor, mas  vi que são atores mesmo com outros trabalhos anteriores. Navjot Randhawa, que interpreta Laila, tem talento de sobra, espero que ganhe mais papéis de destaque no futuro, pois merece.

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