Título Original: Sary Mysyq
Diretor: Adilkhan Yerzhanov
Ano: 2020
País de Origem: Cazaquistão
Duração: 89min
Nota: 8
Sinopse: O ex-condenado Kermek e sua amada Eva querem deixar para trás suas vidas criminosas nos estepes do Cazaquistão. Ele tem um sonho: construir um cinema nas montanhas. O amor de Kermek por Alain Delon será forte o suficiente para mantê-los longe das garras violentas da máfia?
Comentário: Indicado para uma das premiações dentro do festival de Veneza, este filme conseguiu me cativar, talvez porque me remeteu em vários momentos ao filme Amor à Queima Roupa de Tony Scott. Há inúmeras referências, inclusive a trilha sonora composta por Ivan Sintsov e Alim Zairov serve como memória afetiva para quem cresceu vendo o filme americano, como eu. Mas engana-se quem achar que é um plágio simplesmente, o filme serve tanto como paródia como denúncia para a realidade no Cazaquistão, e vai se desenrolando com uma crueza e uma fábula que parece até dirigida por Terry Gilliam. Não vou dar spoiler, mas após ponderar dias sobre o desfecho, acho que foi bem satisfatório para a mensagem que o diretor queria passar. Talvez se o personagem principal não fosse tão lesado o filme renderia diálogos mais interessantes, mas as imagens compensam, e muito, esse deficit.
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