sexta-feira, 15 de outubro de 2021

A VIDA INVISÍVEL

Título Original: A Vida Invisível
Diretor: Karim Aïnouz
Ano: 2019
País de Origem: Brasil
Duração: 140min
Nota: 10

Sinopse: Década de 1940. Eurídice (Carol Duarte) é uma jovem talentosa, mas bastante introvertida. Guida (Julia Stockler) é sua irmã mais velha, e o oposto de seu temperamento em relação ao convívio social. Ambas vivem em um rígido regime patriarcal, o que faz com que trilhem caminhos distintos: Guida decide fugir de casa com o namorado, enquanto Eurídice se esforça para se tornar uma musicista, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as responsabilidades da vida adulta e um casamento sem amor.

Comentário: Vencedor do prêmio Um Certo Olhar no Festival de Cannes, achei superior a qualquer filme do festival que assisti daquele ano e acho que poderiam fácil ter dado a Palma de Ouro para este aqui. Está muito, muito acima de Bacurau e se tornou o meu filme brasileiro favorito, desbancando o Abril Despedaçado que permanecia neste posto desde que foi lançado no cinema há uns vinte anos atrás. O filme é perfeito mesmo com umas bagunças cronológicas (tem um momento que a narrativa de Guida da um pulo para 1956 enquanto a personagem de Eurídice está anos atrás na primeira gravidez), mas não é nada que comprometa o filme. Karim se firma aqui como meu diretor nacional preferido, que qualidade técnica é essa? Não deve em nada para nenhum cinema do mundo. E o elenco então? Carol Duarte e Julia Stockler parecem que são irmãs na vida real, não saberia escolher uma se tivesse só um prêmio para dar. Um filme forte, emocionante e que me desmanchou em lágrimas no final. Indico para qualquer pessoa... é triste pensar em quantas Eurídices não viveram ou vivem ainda por aí.

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