Título Original: Roma
Diretor: Alfonso Cuarón
Ano: 2018
País de Origem: México
Duração: 135min
Nota: 8
Sinopse: Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é
controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que
trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos
acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores
da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.
Comentário: Vencedor de três Oscars, dois Globos de Ouro e do Leão de Ouro no Festival de Veneza, Roma é um filme bem peculiar e não é para muitos, mas é inteiramente conduzido com uma maestria que eu não via faz tempo em filmes atuais. É um filme lento, que talvez pudesse ser encurtado, com tomadas de cenas espetaculares colocando o diretor, de quem sou fã desde que assisti no cinema Grandes Esperanças, em um seleto grupo.As duas atrizes, ambas indicadas ao Oscar, dão um show de interpretação. O pano de fundo se passa em uma família de classe média alta no distrito de Roma na cidade do Novo México em um momento de turbulência quando o governo realizou o Massacre de Tlatelolco, o maior massacre da história do país, contra movimentos estudantis na véspera das Olimpíadas a ser sediada no país (O presidente que realizou isto era tio do famoso ator Roberto Bolaños), o governo seguinte continuou as perseguições aos estudantes como mostrado no filme gerando este clima tenso na população. Me identifiquei muito, pois cresci em uma família assim, com irmãs e rodeado de empregadas que acabavam sendo parte da família. Existe a crítica social, mas ao mesmo tempo existe o vínculo que se cria a partir da convivência e é nisso que o filme acerta em cheio no alvo. O clima é lento e bucólico, mas é tenso e carregado de sentimentos ao mesmo tempo.
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