terça-feira, 20 de outubro de 2020

NÃO HÁ MAL ALGUM

Título Original: Sheytan Vojud Nadarad
Diretor: Mohammad Rasoulof
Ano:2020
País de Origem: Irã
Duração: 150min
Nota: 10

Sinopse: Quatro histórias que são variações dos temas cruciais da força moral e da pena de morte, que perguntam até que ponto a liberdade individual pode ser expressa sob um regime despótico e suas ameaças aparentemente inevitáveis.

Comentário: Vencedor mais do que merecido do Festival de Berlim, afirmo aqui sem sombra de dúvida de que este é o melhor filme de 2020. Depois do seu bom Um Homem Íntegro, Rasoulof volta a nos brindar com uma verdadeira obra de arte do cinema, não me sentia em êxtase com um filme desde que assisti Os Campos Brancos (do mesmo diretor). São quatro histórias sobre o mesmo tema e é difícil eleger uma melhor. A primeira é um impacto mais pesado que um murro na cara, a segunda trabalha sua tensão, a terceira acerta a consciência e a última é quase um poema lírico que só o diretor sabe fazer. Tudo no filme funciona, a direção é fantástica e chama muito a atenção já que o diretor está proibido de realizar filmes no Irã e até onde sei cumpre pena domiciliar desde que lançou Os Campos Brancos. O filme é uma demonstração da força e da luta contra o governo totalitário do país. Belas atuações e destaque para a cena em que o marido pinta o cabelo da esposa (No Irã as mulheres não podem mostrar o cabelo, então essa cena aparecer no filme foi um baque para mim). Não vou comentar mais para não estragar a experiência. ASSISTAM! Filme mais do que obrigatório!

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